Chega de dúvida!

Está na hora de aprender, basta estar disposto!

Que vexame!

Saber ortografia pode te livrar de cada uma...

Afogaram o coitado!

Você sabe a diferença entre "mas" e "mais"?

Bastante/Bastantes

Está na hora de aprender Bastante para ficar esperto!

Quando colocá-la?

Uma série de artigos para nunca mais cometer aquele errinho...

sábado, 12 de maio de 2012

ESPECIAL REDAÇÃO: USO DE CLICHÊS.

O clichê (ou lugar-comum ou chavão) é uma frase, uma combinação de palavras, que, de tanto ser usada, principalmente em situações específicas, se torna desgastada e perde a originalidade. Muitas dessas expressões são divulgadas constantemente pelos meios de comunicação e reproduzidas pelas pessoas.
Nas redações de vestibulares, deve-se evitar o uso de clichês. É importante que os textos produzidos comuniquem ideias através de uma construção linguística reveladora do estilo do autor.

Observe o exemplo abaixo:
Nos dias hoje, o ter vale mais do que o ser. As pessoas, influenciadas pelo Capitalismo selvagem, preocupam-se a cada dia que passa apenas em consumir.


VEJA ALGUNS CLICHÊS PRESENTES EM REDAÇÕES DE VESTIBULANDOS: "as crianças são o futuro do país", "temos que exigir das autoridades medidas eficazes para combater esse problema que atormenta a todos", "temos de nos unir para combater essa chaga social", "existem dois brasis", "este é um assunto muito polêmico que divide a opinião pública", "de acordo com os argumentos acima, podemos concluir", "nos primórdios da humanidade", "desde os tempos mais remotos", "amarga decepção", "as mulheres conquistaram espaços antes dominados pelos homens", "a nível de".

sexta-feira, 6 de abril de 2012

POR QUE - POR QUÊ - PORQUE - PORQUÊ

Muitas vezes, deixo de abordar determinados temas referentes a usos linguísticos por achar que todo mundo já sabe. De repente, porém, sou surpreendido com perguntas referentes a tais usos. Isso acontece com o emprego do porquê. Vez ou outra encontro pessoas enganchadas com esse emprego. 
Vamos lá!

Por que é utilizado em início de perguntas:
Por que os homens mentem e as mulheres choram?


É preciso ficar atento para o fato de por que (separado e sem acento) aparecer sem iniciar perguntas. Neste caso, equivale a pelo qual (pela qual, pelos quais, pelas quais) ou o(s) motivo(s) / a(s) causa(s) pelo qual.

"só eu sei 
As esquinas por que(pelas quais)passei."(Djavan)
"Não sei por que (o motivo pelo qual) você se foi." (Tim maia)

Caso apareça no final de perguntas, receberá acento circunflexo:


Os homens mentem e as mulheres choram, por quê?

Você não quer sair. Por quê?


Quando o objetivo, for inserir uma explicação na frase, usa-se porque.

Observe que as orações "preciso" / "te amo" são explicações, justificativas  para as ações de  viajar e voltar.

Outro exemplo: 
Os homens mentem porque têm medo de suas mulheres.

Existe ainda o porquê. Este deve ser usado sempre antecedido do artigo o e é substantivo sinônimo de motivo, causa. Além disso pode ser flexionado, ou seja, pode ir para o plural.

Não sei o porquê de os homens mentirem tanto.

quinta-feira, 22 de março de 2012

REDAÇÃO OFICIAL - PARTE 4 - MEMORANDO



O memorando é uma forma de correspondência interna entre unidades administrativas de um mesmo órgão, independente da hierarquia existente entre eles. A expedição de um memorando compete aos titulares das unidades.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando.(Manual de Redação da Presidência da República)
ESTRUTURA 
A. Denominação do ato - Memorando, em negrito, com seu número correspondente e ano com dois dígitos, seguida da sigla da unidade ou comissão emitente, com alinhamento à esquerda.
B. Locais e datas:
• Devem ser escritos por extenso:
Recife, em 23 de abril de 2011.
• O primeiro dia do mês será indicado pelo algarismo 1o.
• Não é necessária a colocação de um zero à esquerda da escrita de número que indica dia do mês:
Brasília, 9 de setembro de 2010.
Lei nº 1.124, de 19 de maio de 2009.
C. Vocativo:
Usa-se a expressão “Ao:” ou “À:”, em negrito, seguida do cargo ocupado pelo destinatário, com alinhamento à esquerda.
D. Indicação do assunto: 
Utiliza-se a expressão “Assunto:”, em negrito, com resumo do teor da comunicação, com alinhamento à esquerda.
E. Exposição do assunto:
Texto com a exposição do assunto. É importante numerar os parágrafos. Alguns manuais de redação oficial sugerem que a numeração seja apenas exposta a partir do 2o parágrafo; o Manual da Presidência da República, porém, indica que a numeração deve estar presente em todos os parágrafos.
F. Fechamento:
Utiliza-se uma das expressões: “Respeitosamente” ou “Atenciosamente”, conforme o caso.
G. Nome do emitente:
Deve ser centralizado — ou com distribuição espacial simétrica, quando houver vários nomes —, em letras maiúsculas e em negrito, e respectivo(s) cargo(s). 

Clique para ampliar.


Clique para ampliar.




terça-feira, 13 de março de 2012

GÊNEROS ACADÊMICOS: RESENHA.

A resenha crítica é um gênero textual através do qual se estabelecem comentários críticos sobre uma obra. Caracteriza-se pela predominância de sequências composicionais do tipo argumentativo. O foco do resenhista deve ser os aspectos relevantes da obra,a ideia nuclear, dispensando, assim, os supérfluos, meramente ilustrativos. 
Apesar de alguns livros apontarem um tipo de resenha chamada de descritiva, na qual apenas se descrevem aspectos estruturais do texto (número de páginas, capítulos, referências bibliográficas) e apresenta-se um resumo, é mais comum, na esfera acadêmica, a solicitação da resenha crítica.
Estrutura da resenha crítica:
1. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.
Faça a referência bibliográfica completa da obra resenhada de acordo com a ABNT.
2. APRESENTAÇÃO DA OBRA.
Situe o leitor descrevendo em poucas linhas a ideia central do texto a ser resenhado.
3. DESCRIÇÃO DO CONTEÚDO.
Nesta parte, apresente o resumo da obra, destacando o conteúdo de cada parte ou capítulo.
4. ANÁLISE CRÍTICA.
É neste momento que analise criticamente as ideias apresentadas pelo autor; avaliará os posicionamentos estabelecidos na obra; confrontará, se achar necessário, a linha teórica do autor com outras. 
5. RECOMENDAÇÃO OU PARECER FINAL. 
Recomende a obra, salientando sua importância para a formação de estudiosos da área.

Exemplo de resenha crítica:

Língua & Liberdade: por uma nova concepção da língua materna 

por Cláudia Helena Dutra da Silva - 8/11/2004


LUFT, C. P. Língua & Liberdade: por uma nova concepção da língua materna. Porto Alegre, L&PM, 1995. (Coleção Universidade Livre)


O estudo da língua não é unicamente o estudo da Gramática. A língua é um meio de comunicação, consequentemente é viva e atual e, à medida que é necessário, adapta-se à realidade de seus usuários. Esses livros que chamamos gramáticas não passam de uma mera tentativa de explicar uma pequena, realmente muito pequena, parte das regras da nossa autêntica gramática, a qual possui um conjunto de regras que sustentam o sistema de qualquer língua, não especificamente o da nossa. Esta é a ideia principal do livro Língua & Liberdade, de Celso Pedro Luft, professor de Língua Portuguesa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que, infelizmente, deixou-nos no ano de 1995.
O livro está dividido em seis capítulos, assim denominados: (1) Subversão Linguística?; (2) A Teoria da Linguagem; (3) Nascemos Programados Para Falar; (4) Teoria Gramatical: Implícita e Explícita; (5) Sobre a Inutilidade e Nocividade da Teoria Gramatical no Ensino da Língua Materna; (6) Língua & Liberdade. Todos os capítulos apresentam uma linguagem extremamente acessível e uma visão esclarecedora sobre a língua, um assunto que produz grande polêmica e é foco de uma já antiga “guerra” entre gramáticos e lingüistas.
O Capítulo 1 - “Subversão Lingüística” - é basicamente sobre gramática e comunicação. Nesse capítulo, percebemos claramente a crítica feita por Luft à escola tradicional, a qual ele condena por transformar o estudo da língua em estudo da gramática, em vez de estudá-la como meio de comunicação. De acordo com ele: “Um ensino gramaticalista abafa justamente os talentos naturais, incute insegurança na linguagem, gera aversão ao estudo do idioma, horror à expressão livre e autêntica de si mesmo” (p. 22). A conclusão do Capítulo 1 é de que a verdadeira gramática é algo vivo e natural, portanto independe de ensino, aceita variações linguísticas e permite que ocorra evolução, evitando, dessa forma, a morte da língua.
No Capítulo 2 - “A Teoria da Linguagem” -, o autor fala sobre a dicotomia fundamental entre competência / desempenho, de Chomsky. Competência de linguagem é a capacidade das pessoas de se comunicarem por meio de sistemas de sinais vocais, e desempenho é o comportamento linguístico, as utilizações da língua. E é o sistema de regras interiorizadas pelos falantes na infância que constitui a verdadeira gramática da língua, a legítima e autêntica. Luft também comenta as consequências maléficas do ensino gramaticalista, que proporciona uma sobrecarga de inutilidades. Em vista disso, podemos nos perguntar quantos jovens terminam o segundo grau e conseguem achar uma utilidade, tanto na vida pessoal quanto profissional, para todas essas regras impostas durante o processo de educação! Mais uma vez, ele deixa claro o seu ponto de vista, explicitando que é necessária uma reformulação do ensino da língua materna para acabar com esse ensino que inibe e traumatiza os alunos.
O Capítulo 3 - “Nascemos Programados Para Falar” - aborda a tese do inatismo, raramente bem interpretada. Luft fala de maneira evidente que ninguém nasce com a gramática de uma língua determinada, todavia nasce com uma estrutura linguística genérica, que é a base para a apreensão das estruturas específicas de cada língua. Mesmo muito cedo, uma criança surpreende sabendo e falando muito além das frases que ouviu. Ela não reproduz simplesmente o que lhe foi dito; mas cria inúmeras frases com bases nas regras depreendidas daquilo que ouviu. Consegue fazer isso sem nunca ter conhecido um gramático ou ter lido um livro de gramática. Na concepção do autor, aprendemos uma língua não porque somos estimulados, mas, sim, porque estamos expostos a ela.
No Capítulo 4 - “Teoria Gramatical: Implícita e Explícita” -, Luft expõe a complexidade da teoria da língua que a criança constrói em sua mente e explana sobre as subdivisões dessa teoria (teorias parciais): semântica, morfológica, sintática, fonológica, fonética. Mesmo crianças sem instrução explícita conseguem interiorizar a teoria de sua língua materna (gramática). Ao ver do autor, só existe uma explicação possível, que é a do fundador da Lingüística Gerativa, Chomsky: “predisposição inata da criança em desenvolver certo tipo de teoria para tratar as informações [dados da fala] que lhe são apresentadas” (p. 81). Luft não só sabe defender seu ponto de vista, como sabe apreciar e reconhecer o trabalho e as idéias de outros autores.
O Capítulo 5 - “Sobre a Inutilidade e Nocividade da Teoria Gramatical no Ensino da Língua Materna” - analisa os prejuízos desse ensino gramaticalista, no qual o aluno não cresce em linguagem, não melhora seu nível, não aumenta o vocabulário e os recursos expressionais e não toma consciência das potencialidades da sua língua. Na opinião de Luft, a verdadeira teoria gramatical começa e acaba nos fatos da língua, a criança não tem consciência do que ocorre, da mesma forma de quando aprende a comer, a nadar, a andar. Para executar tais funções, não é necessário que a mãe incentive a criança ou dê-lhe informações de como os músculos funcionam ou como ocorre a digestão. Nesse capítulo, Luft também questiona se há uma tábua de salvação para a Gramática Tradicional e lamenta ter de dizer que a resposta é negativa. Um ensino em crise não pode ser salvo apenas pela troca de uma teoria por outra, mesmo que esta seja a Linguística, que possui alto nível científico. O grande problema é que o ensino da língua é uma prática para a qual a teoria é um pré-requisito, saber natural, preexistente no falante, por isso não pode ser salvo com outra teoria.
O tão desejado ensino e a educação ideal, voltada para a liberdade, é assunto do Capítulo 6 - “Língua e Liberdade” -, que encerra esse extraordinário trabalho de Luft. Ele reconhece ser essa uma tarefa difícil, pois tanto o comodismo quanto a inércia fazem com que continuemos insistindo em um método ineficiente e extremamente desatualizado. Não é necessário impingir aos alunos novas teorias, mas sim, praticar junto a eles a língua, tentando fazê-los sentir que a dominam e que ela não é um objeto nem de insegurança nem de humilhação.
E apesar de existirem inúmeras obras abordando esse mesmo tema (a língua), a obra de Luft destaca-se por sua seriedade e objetividade, que embora presentes em todo o livro não se conflitam em nenhum momento com a ironia empregada pelo autor, cujo único desejo é que os cidadãos sejam senhores de sua linguagem. Sem dúvida, Língua & Liberdade é uma leitura não só prazerosa, mas também estimulante, sendo impossível fazê-la e chegar a seu final com indiferença.

segunda-feira, 12 de março de 2012

GÊNEROS ACADÊMICOS: RESUMO.

Na vida acadêmica, é comum que professores solicitem aos alunos a elaboração de resumos e resenhas, gêneros que servem para auxiliar ao estudante nos seus estudos teóricos.


1. RESUMO

O resumo é um texto que reúne e apresenta, de maneira concisa, coerente e frequentemente seletiva, as informações básicas de um texto preexistente.
Um bom resumo deve:
1. apresentar de forma sucinta e objetiva o assunto do texto;
2. ser seletivo e não mero repetidor das ideias sintetizadas do autor;
3. evitar, se possível, as transcrições literais de frases do texto, utilizando palavras que possam parafrasear as ideias do autor;
4. respeitar a ordem das ideias e fatos apresentados;
5. empregar linguagem clara e objetiva;
6. dar preferência à forma impessoal da linguagem;
7. usar uma sequência de enunciados na ordem direta e que estejam interligados;
8. ser precedido de referência bibliográfica que identificará o objeto de estudo.
Ao elaborar um resumo, faça-o de forma clara que dispense o leitor de consultar o texto original, a não ser que o resumo tenha esse propósito.
Outra informação que não pode deixar de ser dada é que no resumo não deve conter juízo valorativo ou crítico, pois esta característica é própria do gênero textual resenha crítica.
Algumas perguntas podem ajudá-lo na elaboração de seu resumo:
De que trata o texto? Qual o objetivo do autor? Como estão ordenadas as ideias? Em que consiste cada uma? O autor apresentou algum exemplo? É fundamental citá-lo no resumo? Eliminei tudo o que era supérfluo e  não comprometia o sentido nuclear do texto? Finalmente, mantive-me fiel às ideias do texto?

Leia o exemplo abaixo:
(MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília
Santos. Resumo. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. p. 16)

v
v  
v  
v  
v  
v  
v  



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

TRÊS SITUAÇÕES EM QUE NÃO SE ADMITE O USO DE CRASE.



Quem não já leu um texto em que o autor equivocadamente usou "à partir de", "cara à cara"? Algumas pessoas, na hora de escrever, esquecem as velhas lições dos dedicados professores Português e acabam se confundindo. Na postagem anterior sobre crase, vimos que antes de palavra masculina não devemos usar crase.
Hoje vamos ver mais quatro casos que vão ajudá-lo a não usar indevidamente o acento indicativo da crase.
Não use crase antes de:

1. verbos (regra fácil porque não tem exceção!!);

Começaremos A atender A partir das 9h.(aproveitando: a abreviação de hora(horas)é apenas h. Nada de usar hs, mesmo no plural).


2. essa, ela, esta;


O professor deu A ela todas as chances.
Entregue A essa moça a bolsa.


3. entre substantivos repetidos;


O delegado colocou a queixante frente A frente (cara A cara) com o acusado.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

REDAÇÃO OFICIAL - PARTE 3 - exercícios




1.(FGV-2008)Com base no Manual de Redação da Presidência da República,analise as afirmativas a seguir:

I. A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial.Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras.Para que se redija com essa qualidade,é fundamental que se tenha,além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve,o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias.

II. O esforço de sermos concisos atende,basicamente ao princípio de economia linguística,à mencionada fórmula de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é,não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis,redundâncias,passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.

III. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial.Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor.No entanto,a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais características da redação oficial.
Assinale:

a) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
b) se todas as afirmativas estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se nenhuma afirmativa estiver correta.


2.(COPEVE-UFAL-2011)Manual de Redação Oficial da Presidência da República afirma: “Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo”. Dadas as características seguintes, referentes a esse tipo de redação, 

I. Impessoalidade. 
II. Uso do padrão culto da linguagem. 
III. Clareza. 
IV. Concisão. 
V. Formalidade. 
VI. Uniformidade. 
verifica-se que 

a) todas são verdadeiras.
b) somente I, II, III e VI são verdadeiras.
c) somente I, II e V são verdadeiras.
d) somente III, IV e VI são verdadeiras.
e) somente II e IV são verdadeiras.

3.(FGV-2008) A respeito da formalidade, com base no Manual de Redação da Presidência da República, analise os itens a seguir:

I. As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível; mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. 

II. A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão exige que se atente para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos. 

III. A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização. O Manual de Redação da Presidência da República traz normas específicas para cada tipo de expediente. 

Assinale:

a) se nenhum item estiver correto.
b) se somente os itens II e III estiverem corretos.
c) se somente os itens I e II estiverem corretos.
d) se somente os itens I e III estiverem corretos.
e) se todos os itens estiverem corretos.

4.Dadas as inferências básicas de todo texto oficial, 

I. A concisão, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto. 

II. O uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição, avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão. 

III. A formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos. 

IV. A impessoalidade, que faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada lhe acrescentam. 

verifica-se que

a) somente I é verdadeira.
b) somente II e III são verdadeiras.
c) somente II e IV são verdadeiras.
d) todas são verdadeiras.
e) somente III é verdadeira.


5.(FVG-2011)Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, NÃO se deve usar Vossa Excelência para 

a) embaixadores.
b) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
c) prefeitos municipais.
d) presidentes das Câmaras de Vereadores.
e) vereadores.

Gabarito

1
2
3
4
5
b
a
e
b
e

REDAÇÃO OFICIAL - PARTE 2 - A LINGUAGEM NAS COMUNICAÇÕES OFICIAIS

Os textos oficiais, assim como todos de caráter formal, se caracterizam pelo uso padrão da linguagem, o que significa não ser admitida a utilização de uma linguagem restrita a determinados grupos. Deve-se, portanto, evitar:
1. regionalismos;
2.jargões(termos técnicos, próprios de determinadas áreas - exceto em situações específicas como relatos técnicos);
3. gírias;
4. expressões próprias da oralidade(fala).

"É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias lingüísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária."(Manual de Redação da Presidência da República)

Outro fator importante é o uso adequado das formas de tratamento. Adequar o pronome ao cargo do emissor ou do receptor é uma exigência das comunicações oficiais.

Pronome de tratamento
Cargos
Vossa Excelência
·  O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo.
·  As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo.
Presidente da República, Vice-Presidente da República; Ministros de Estado, Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal, Oficiais-Generais das Forças Armadas, Embaixadores, Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial, Secretários de Estado dos Governos Estaduais, Prefeitos Municipais, Deputados Federais e Senadores, Ministro do Tribunal de Contas da União, Deputados Estaduais e Distritais, Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais, Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais, Ministros dos Tribunais Superiores, Membros de Tribunais, Juízes, Auditores da Justiça Militar.
Vossa MagnificênciaVocativo: Magnífico Reitor
Reitores
Vossa SantidadeVocativo: Santíssimo Padre
Papa
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima
Vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ouEminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,
Cardeais
Vossa Excelência Reverendíssima 
Arcebispos e Bispos

Além disso, vale ressaltar a importância da polidez. Em qualquer tipo de comunicação oficial, deve-se sempre ser cordial, imprimir gentileza ao discurso. Assim, é importante evitar termos pejorativos, ofensivos e optar por eufemismos nas situações mais tensas.