Chega de dúvida!

Está na hora de aprender, basta estar disposto!

Que vexame!

Saber ortografia pode te livrar de cada uma...

Afogaram o coitado!

Você sabe a diferença entre "mas" e "mais"?

Bastante/Bastantes

Está na hora de aprender Bastante para ficar esperto!

Quando colocá-la?

Uma série de artigos para nunca mais cometer aquele errinho...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Regras práticas do uso da CRASE - Parte 1.

Uma das maiores dificuldades dos usuários da Língua Portuguesa está no uso da CRASE. Alguns amigos visitantes do blog sugeriram que fossem apresentadas algumas regras práticas de uso. Para não se tornar cansativo, irei tratar do tema em algumas postagens.
A crase indica a fusão da preposição a com o artigo a.
a preposição + as artigo = CRASE

Desta forma, não existe crase antes de palavra masculina.


Vou a pé para o trabalho. 
O patrão entregou a carta a Paulo.

Sujeito a guincho.

Existe uma única exceção (sei que alguns vão dizer: lá vêm as chatas das exceções): usaremos crase quando subentendemos uma palavra feminina (moda, revista, maneira, loja).

A atriz concedeu entrevista à Playboy.(revista)

Dirigiu-se à Adroaldo Tapetes. (loja)

Vamos às regras práticas:

1. Substitua a palavra antes da qual aparece o a ou as por um termo masculino. Se o a ou as se transformar em ao ou aos, existe crase, do contrário, não.
Diga não ÀS drogas / Diga não AO álcool.
No caso de nomes de lugar, substitua o A por PARA. Se o certo for PARA A, use crase.
Foi À Venezuela.(Foi para a Venezuela)
Retornou A Curitiba. (Retornou para Curitiba)


2. A combinação de outras preposições com A (para a, na, da, pela, e com a, principalmente) indica se o A ou o AS deve levar crase.


Emprestou o carro À filha.(para a filha)
O rapaz estava ÀS portas da morte. (nas portas da morte)

sábado, 17 de dezembro de 2011

Preso por não saber ortografia!

Os fatos que seguem não são novidades. Graças a erros de grafia, alguns infratores já foram presos. E o que é mais grave: muitas empresas deixaram de selecionar determinados candidatos que, durante a seleção, revelam desconhecimento das regras básicas de ortografia. 





Afogaram o MAS!

Apesar de professores frequentemente chamarem a atenção de seus alunos para o uso de MAS e MAIS, é comum encontrarmos textos em que as pessoas demonstram confusão na hora de utilizar esses dois termos. Recentemente, por exemplo, circulou pelo Facebook o seguinte texto:
Observe que, em vez de usar MAS,o autor fez a opção pelo de MAIS.
Devemos usar MAS para estabelecer a ideia de contradição. Segundo Irandé Antunes, a relação de oposição ocorre quando a expectativa gerada pela informação anterior é rompida pela informação seguinte. 
Em caso de dúvida, substitua o MAS por PORÉM.

Afogar as mágoas é bom, PORÉM afogar quem as causou é melhor ainda.

Comprimidos aliviam a dor, PORÉM só o amor alivia o sofrimento.

Agora observe o texto abaixo:
No exemplo acima, a opção por MAIS foi acertada, pois o termo indica intensidade. Em caso de dúvida, troque-o por MENOS (NUNCA MENAS!).  Se for possível a troca, use MAIS.

1. Use vírgula antes de MAS: Dedicou-se ao marido, MAS o ingrato a abandonou.

2. Não existe vírgula, no entanto, depois da conjunção MAS. A única exceção ocorre com orações intercaladas. 

Acreditava que sua dedicação ao marido era suficiente. Mas o ingrato a abandonou.

Acreditava que sua dedicação ao marido era suficiente. Mas, sem que ela esperasse, o ingrato a abandonou.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Site oficial de Chico Buarque - Imperdível!

www.chicobuarque.com.br
Quem gosta de MPB sabe que Chico Buarque é sem dúvida um dos maiores compositores. Costumo dizer que todo brasileiro tem o dever cultural de, no mínimo, parar e ouvir uma das músicas de chico e procurar se deliciar com o uso que ele faz da linguagem e principalmente perceber a capacidade do artista de transformar o prosaico em poesia, em arte. 
Neste período de férias, não deixe de visitar o site oficial de Chico Buarque. Lá está todo cancioneiro, com notas importantes sobre as letras e mudanças exigidas pela ditadura brasileira. Além disso, o internauta também conhecerá um pouco da literatura e da produção teatral e cinematográfica do compositor. O site oferece a oportunidade de se fazer o download de algumas partituras.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

TrezentOs gramas de queijo!

O uso da palavra grama no masculino sempre causa estranheza em muitas pessoas. Não aguento mais ser indevidamente corrigido. Juro que já pensei em ceder e adotar a forma errada, pelo menos, na padaria:

- Por favor, trezentos gramas de queijo prato!
- Trezentas, é? – Diz a atendente.
- Sim. – Respondo desconfiado.

Grama é uma palavra que pode ser usada no masculino ou no feminino, mas com sentidos bem diferentes.

No masculino, indica unidade de medida de massa, peso. Deve-se, portanto, dizer:

Comprou dois gramas de ouro.
Comeu duzentos gramas de bolacha.

Já, no feminino, a palavra grama significa relva, gramado.

Passou a tarde deitado na grama do jardim.
A grama do estádio parecia um tapete verde.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Comentário sobre os temas da UPE tradicional 2012.

Excelentes os temas ofertados pela UPE em seu vestibular tradicional 2012. Certamente os feras ficaram felizes com isso.


Tema 1

"Alcoolismo: um problema de família ou social."

Provavelmente a maioria dos feras optou por esse tema. Seria importante que o candidato em sua dissertação reafirmasse a ideia de que o alcoolismo é um mal de responsabilidade tanto familiar como social: familiar porque, muitas vezes, é sob o olhar e conivência dos pais que muitos jovens começam a consumir bebidas alcoólicas e também pelo fato de que é também a família que sofre primeiramente, através das manifestações da violência doméstica, as consequências do alcoolismo; social porque estamos em uma sociedade que agrega ao álcool valores positivos como alegria, amizade, sensualidade, prazer, basta observarmos as campanhas de algumas marcas de cervejas. Além disso o acesso à bebida alcoólica é muito fácil. Hoje o alcoolismo é considerado um problema de saúde pública.

O segredo da abordagem é não centrar a responsabilidade e as consequências apenas na família nem apenas na sociedade.

Tema 2

"A construção da identidade num mundo globalizado", trazia parte do poema de Carlos Drummond de Andrade, "Eu, etiqueta". 

O tema 2, exigia do aluno, uma reflexão de natureza mais filosófica, o que não proporcionava maiores dificuldades. Falar sobre identidade em um contexto globalizado é falar sobre consumismo, padronização de comportamentos, ou seja, em desaparecimento das identidades. Teria sido importante que o fera, ao abordar o tema, apontasse como os interesses do sistema capitalista e da cultura de massa interferem nessa questão. TER para SER é a máxima para se firmar nesta sociedade globalizada. 

sábado, 3 de dezembro de 2011

ESTÁ OU ESTAR?

Muitas pessoas ficam em dúvida na hora de usar ESTAR ou ESTÁ, assim como VER e VÊ, DAR e DÁ, LER e LÊ, CRER e CRÊ.  Essa dúvida, segundo estudiosos, ocorre devido ao hábito que o brasileiro tem de omitir, na fala informal, o R do final dos verbos e só acontece em verbos em que a terceira pessoa do singular do presente do indicativo é semelhante à forma do infinitivo.

A Presidenta Dilma está disposta a negociar a dívida. (3ª pessoa do singular do verbo estar)

A Presidenta Dilma parece estar disposta a negociar a dívida. (infinitivo)

Socorro imediato!

Para se livrar da dúvida, substitua o verbo por outro que não tenha a terceira pessoa do singular do presente do indicativo semelhante à forma do infinitivo: DIZER/DISSE, IR/VAI, QUERER/QUER.

Observe:

A Presidenta Dilma VAI disposta a negociar a dívida. (ESTÁ)
A Presidenta Dilma parece IR disposta a negociar a dívida. (ESTAR)

Outros exemplos:

Ela bons livros. (Quer)

Por ler bons livros, ela escreve bem. (Querer)

O padre sempre pão aos pobres. (Quer)

O padre sempre gosta de dar pão aos pobres. (Querer)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Tipologia textual - exposição e argumentação.



Na postagem anterior sobre tipologia textual, vimos que as sequências composicionais expressam os objetivos sociocomunicativos do autor. vimos também a diferença entre narrar e descrever. hoje vamos analisar mais dois tipos textuais:o expositivo e o argumentativo ou opinativo.

Observe os dois textos sobre o mesmo tema:

TEXTO 1 
O culto à beleza corporal vem da Grécia Antiga. Artistas como Fídias (490-430 a.C.) usavam o cinzel e a pedra para criar obras-primas como a escultura da deusa Atena. A beleza, na Grécia, era vista como reflexo da simetria. "O belo surge, pouco a pouco, de muitos números", afirmava Policleto de Argos (480-420 a.C.), um dos mais notáveis escultores gregos. "A beleza não consiste nos elementos, mas na harmoniosa proporção das partes; de um dedo a outro; de todos os dedos ao resto da mão; de cada parte a outra", dizia Galeno (131-210 d.C.), um dos pais da medicina romana. A ideia de beleza corporal como simetria, da Antiguidade clássica, atravessou a Idade Média. Santo Agostinho (354-430) definia beleza como "a proporção entre as partes acompanhada de certa doçura de colorido". Essa ideia chegou à Renascença e pode-se dizer que continua valendo até hoje. (Revista Época)

 TEXTO 2
A realidade tem se mostrado cada vez mais estereotipada. A liberdade de ser quem se é tem sido comprometida por padrões estéticos que "selecionam os mais aptos". O cumprimento desses padrões deixa implícita a necessidade de participação e inclusão na sociedade. Logo, a busca pelo corpo perfeito não é questão de bem-estar pessoal, vai além. É a ilusória recompensa de ser o melhor, não para si, mas para o outro. No século da ditadura da magreza e dos padrões arianos de estética, o espelho social está sempre a distorcer a imagem refletida, ocasionando a insatisfação de si e a obsessão por uma errônea perfeição. Bem-vindo à era do corpo como embalagem.  ( Giovanna Betine)
No texto 1, o autor apenas teve a preocupação de transmitir para o leitor dados (no caso, histórico) a respeito do seu referente - o culto a beleza, eximindo-se da apresentação de seu ponto de vista. Com isso, percebe-se que seu objetivo sociocomunicativo foi ampliar o conhecimento do leitor através da transmissão de saberes. Trata-se, portanto, de um texto do tipo EXPOSITIVO.Usamos esse tipo de discurso  para esclarecer um conceito, apresentar um  problema e suas possibilidades de solução,  analisar diferentes explicações  e implicações de um fenômeno. O contrato comunicativo do discurso expositivo  se baseia no  valor de verdade  e  na  validade das explicações apresentadas, considerando o mundo “real” compartilhado pelos  interlocutores. As sequências expositivas estão presentes em textos científicos e didáticos, bulas, notícias jornalísticas, verbetes de enciclopédias, monografias, seminário

Já no texto 2, a autora apresenta seu ponto de vista acerca do tema, estabelece um juízo de valor (A liberdade de ser quem se é tem sido comprometida por padrões estéticos que "selecionam os mais aptos"). Assim, pode-se afirmar que o objetivo sociocomunicativo da autora foi defender uma opinião, através de argumentos. Trata-se, portanto, de um texto do tipo ARGUMENTATIVOArgumentar é tornar algo verossímil, a partir da lógica interna do próprio discurso. Daí a necessidade de construir, na  linguagem e pela linguagem, o “efeito de  verdade”, que depende da organização do  discurso e do uso de provas e estratégias eficazes para convencer o interlocutor Diferentes gêneros de textos do domínio jornalístico (cartas de leitor, artigos de opinião, editoriais, charges, cartuns), jurídico, político, filosófico, religioso, didático (dissertação de vestibular), acadêmico (debate,tese, por exemplo, publicitário fazem uso do discurso argumentativo.    

Mais uma sugestão de tema para o vestibular.

Por definição: o “jeitinho” brasileiro representa, em uma expressão de fácil entendimento, a malandragem histórica do nosso povo. Malandragem com a qual temos contato desde pequenos e ouvimos constantemente nos meios de comunicação e, indiretamente, presenciamos nos atos das pessoas. Há quem tenha orgulho do “jeitinho”, que por ser tão comum, até prefiro omitir as aspas. No entanto, a idéia do malandro está associada à esperteza, como se houvesse algo de esperto em dizer “odeio político ladrão, mas se estivesse no poder, também roubaria”. O cidadão heroicamente afirma que tem orgulho de ser brasileiro e por isso naturalmente faz uso do jeitinho, mas não percebe que esta “marca nacional” é uma das impulsoras do nosso regresso.
Esses dois últimos anos foram marcados pela corrupção explícita. A dúvida que fica é se vamos assistir a mais momentos corruptos ou se veremos esse câncer se extinguir. (Adriano Senkevics)

Após ler os textos acima, produza um texto dissertativo sobre o tema:

Maior desafio do jovem brasileiro: construir uma sociedade ética, solidária  e justa.