Chega de dúvida!

Está na hora de aprender, basta estar disposto!

Que vexame!

Saber ortografia pode te livrar de cada uma...

Afogaram o coitado!

Você sabe a diferença entre "mas" e "mais"?

Bastante/Bastantes

Está na hora de aprender Bastante para ficar esperto!

Quando colocá-la?

Uma série de artigos para nunca mais cometer aquele errinho...

domingo, 27 de novembro de 2011

Primeiras Estórias - Pontos importantes para UPE tradicional.


1. Primeiras Estórias reúne 21 contos, nos quais encontramos um grande trabalho inventivo com a linguagem, o que para muitos estudantes se torna um obstáculo. Provavelmente, a palavra primeiras relaciona-se com o fato de serem esses pequenos contos a primeira experiência do autor nesse tipo de texto narrativo.


2. Como em toda obra de Guimarães Rosa, Primeiras Estórias é inovadora: a maneira de narrar, enredos abordados de modo inusitado, linguagem reinventada, personagens complexas, temática que transcende o prosaico e ganha dimensão filosófica.

3. Ao ler os contos, o leitor de Primeiras Estórias entra em contato com temas como sentido oculto da existência, crescimento espiritual por meio de experiências amorosas, vida como aprendizado, sensibilidade extraordinária manifestando-se pela loucura e pela ingenuidade infantil, vida como predestinação, limites entre bem e malSão narrativas preocupadas em tematizar, simbolicamente, os segredos da existência humana.

4. A obra aborda as diferentes faces do gênero conto: a psicológica, a fantástica, a autobiográfica, a anedótica, a satírica, vasadas em diferentes tons: o cômico, o trágico, o patético, o lírico, o sarcástico, o erudito, o popular. As estórias captam episódios aparentemente banais.

5. Contos cujo narrador está em  pessoa: Famigerado,  A Terceira Margem do Rio, Pirlimpsiquice,  O Espelho,  O Cavalo que bebia cerveja,  Luas-de-mel, A Benfazeja, Darandina, Tarantão- meu patrão...

6. Contos com narrador em 3ª  pessoa: As Margens da Alegria, Sorôco, sua mãe e sua filha, A Menina de Lá, Os Irmãos Dagobé, Nenhum, nenhuma, Fatalidade, Sequência, Nada e a nossa Condição, Um Moço Muito Branco, Partida do Audaz Navegante, Substância, Os Cimos.

7. Em geral, os protagonistas ou são crianças (As margens da alegria; A menina de lá; Partida do aldaz navegante), ou loucos (Sorôco, sua mãe, sua filha; A Benfazeja; Tarantão, meu patrão) , ou estão à margem da sociedade. São seres portadores de alguma “excepcionalidade”, se comparados com o mundo “normal”.
“Ah, meu amigo, a espécie humana peleja para impor ao latejante mundo um pouco de rotina e lógica, mas algo ou  alguém de tudo faz frincha para rir-se da gente... E então ?”  —  (O Espelho).
Famigerado

Um médico estava em casa quando chegam quatro cavaleiros, dos quais um “não tinha cara de ser muito amigo”. Apesar do medo, crente que se tratava de um jagunço, o médico pergunta qual a razão da visita. O sujeito se identifica e confirma a suspeita do médico. Numa conversa lenta, entrecortada, o homem explica que desejava saber o significado da palavra “famigerado”, que um funcionário do Governo lhe dissera. Como ninguém soubera explicar-lhe, acreditava que o doutor soubesse fazê-lo. O médico, com ares de culto, diz que o significado seria próximo de “notável” ou “célebre”. O famigerado pede maiores explicações e o médico continua a acrescentar sentidos positivos para a palavra. O jagunço, satisfeito, dispensa os homens que trouxera de testemunhas e parte feliz. O final é um anti-clímax, já que tudo termina bem depois do clima de suspense de toda a narrativa. O médico não mentiu: ele apresentou uma das interpretações possíveis para a palavra famigerado, mas não citou aquela que é a mais comum: bandido.

Sorôco, sua mãe, sua filha.
Um trem com  um vagão especial espera na estação para levar a mãe e a filha de Sorôco para o hospício em Barbacena. Com sua melhor roupa, o homem traz as duas pelo braço. Uma multidão vem acompanhar esse triste espetáculo, mas todos tentam respeitar a dor de Sorôco. Inusitadamente, ambas começam a cantar uma canção que ninguém compreendia. Sorôco nem tem coragem de olhar para o trem quando este parte. De repente, tomado pela dor, passa a cantar a mesma canção de suas familiares. Toda a comunidade ali  principia a cantar também e a acompanhar Sorôco.

A terceira margem do rio.

Um filho narra a estória da decisão do pai que abandona a família para morar na terceira margem do rio. Este manda fazer uma canoa, despede-se de todos e parte. A esposa diz: “Cê vai, ocê fique ,você nunca volte!”. Qual a razão da partida?  Ninguém sabe. O filho furtava comida para levar ao pai até um local onde ele pudesse apanhá-la. A mãe facilitava essa artimanha do filho. A mulher, inconformada, chamou padre, soldados, jornalistas,  para ver se conseguiria convencer o marido a parar com tal atitude. O pai fica longe e perto da família... A filha se casa e não quer saber de festejos. O neto nasce, mas ele não aparece para vê-lo. A irmã do narrador se muda. O narrador, cada vez mais, se parece com seu pai. Já velho, o narrador decide tomar o lugar do pai, que deixa a entender que aceita a troca. Mas o narrador, tomado pelo medo, foge dessa incumbência. O conto termina com o pedido do filho para que o coloquem numa canoa rio abaixo, quando morrer.
Especial sobre Guimarães Rosa

Uma prova bobinha - presente para feras que sabem, pelo menos, ler um texto simples!


Hoje a COVEST apresentou questões discursivas fáceis, que objetivaram avaliar a competência leitora dos feras. Apenas uma ressalva: a primeira questão, sobre coerência, pecou apenas por apresentar itens que basicamente se repetiam nas respostas, visto que o candidato, para explicar a incoerência, já estaria indicando a conclusão dele sobre o texto. Isso deve ter deixado o fera meio ansioso, com receio de não ser repetitivo. Acredito que, com apenas uma questão, os elaboradores poderiam obter do aluno tudo o que queriam avaliar sobre o texto de Dimenstein.




a) A conclusão do leitor é incoerente, pois contradiz a ideia central de que a falta de fiscalização da sociedade e a conivência de alguns setores de elite são causas da corrupção.
b) Segundo Gilberto Dimenstein, a não fiscalização da sociedade e a conivência de alguns setores de elite promovem a corrupção, a qual não está restrita apenas ao governo.


a) A ideia consensual apresentada pelo autor é a de que apenas o governo é corrupto e que a sociedade é apenas vitimada por essa corrupção.
b) O autor discorda da ideia de que corrupção só existe no governo, mostrando que está presente em diversos setores privados, sob a conivência e omissão da sociedade.



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Humor no vestibular - Novas discursivas!


Neste conjunto de questões discursivas para a prova de Português 1, vamos trabalhar com textos humorísticos.
A palavra humor nos remete à ideia de comicidade, de riso e descontração. Nos textos, o humor se estabelece através da ruptura das expectativas geradas pela situação retratada; é essa aparente incoerência que nos conduz ao riso. Na maioria das vezes, o objetivo de divertir, tão característico desse tipo de texto, é superado pela intenção de crítica do autor.
Os textos humorísticos aguçam o raciocínio, a capacidade de ler as entrelinhas e de perceber ambiguidades. Para compreender qualquer piada, é necessário ao leitor “mover-se” de certa forma no texto, já que as piadas operam com ambiguidades, sentidos indiretos, implícitos.
Veja algumas observações sobre alguns gêneros textuais humorísticos:
O gênero tira de humor faz parte da linguagem gráfica publicada nas colunas jornalísticas. Sua linguagem apresenta semelhanças e diferenças com as charges e os cartuns na maneira de abordar assuntos polêmicos da vida social. Enquanto a charge tem como alvo as mazelas sociais de expressão datada, representando de forma crítica as celebridades do mundo da política, dos esportes e do cenário artístico, o cartum trata de temas mais universais atacando problemas relacionados aos valores e atitudes dos seres humanos, diante de determinadas situações no cotidiano. A abordagem dos temas tratados pelos cartuns ultrapassa o seu tempo; ele pode ser lido em uma época mais distante do seu contexto de produção, visto que sua formulação estabelece críticas de teor mais genérico que se estendem aos diferentes grupos. Observamos que as tiras abordam os fatos sociais de uma forma bem próxima à dos cartuns, não deixando, contudo, em muitos momentos de focalizar acontecimentos situados em uma dada época. É o caso de Quino, que no período da ditadura militar na Argentina, lançou uma série de tiras que tinha uma relação intrínseca com os fatos ocorridos naquele momento histórico.
(José Ricardo Carvalho da Silva -O GÊNERO TIRA DE HUMOR E OS RECURSOS ENUNCIATIVOS QUE GERAM O EFEITO RISÍVEL)
Além desses, ainda temos a anedota, que é uma  breve história, de final engraçado e às vezes surpreendente, cujo objetivo é provocar risos ou gargalhadas em quem a ouve ou lê.

Analise as questões abaixo:
1. Veja o texto abaixo:
Dois amigos de infância se encontram na fila do banco:- Nicolau! Há quanto tempo!

- É mesmo, cara... Desde o ginásio...

- E aí, o que você tem feito da vida?

- Ah, eu virei escritor...

- Sério? Que legal! E aí, já vendeu alguma coisa?

- Já... Até agora vendi a TV, o som, o telefone... Quer comprar um Chevette 78?
Elabore um comentário através do qual você explique a construção do humor no texto acima e que estereótipo o texto sinaliza.

2. Observe o texto a seguir:
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Quando se fala de construção de humor em textos, refere-se à quebra de expectativas ou ruptura da lógica que provavelmente as sequências textuais sinalizaram no decorrer da leitura.
Com base nisso, explique o jogo de expectativas responsável pelo humor do texto acima.

3. Analise a charge a seguir:

Considerando os aspectos verbais e não-verbais, construa um parágrafo no qual você expresse suas inferências  sobre a charge de Ivan Cabral.






quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Novas questões discursivas sobre linguagem.

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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mais dicas para a prova de Português 1 - (Parte 2) Preconceito linguístico, variações e níveis da linguagem.


Em outras edições do vestibular, a COVEST ofereceu questões que abordavam aspectos referentes às variações e níveis da linguagem, o que pode acontecer nesta edição. Os candidatos foram levados a discutir conceitos como adequação linguística, interlocução, normatividade gramatical. 

O primeiro cuidado que o fera deve  ter, nessas questões, é o de não estabelecer comentários que possam ser considerados manifestações de preconceito linguístico. Para isso, evite julgamentos sobre usos linguísticos baseados em conceitos de certo e errado, a menos que você seja convocado a avaliar o emprego das regras gramaticas. Caso não seja esse o propósito da questão, prefira utilizar o conceito de adequação linguística, que consiste em sintonizar o uso que se faz da língua com o tipo de situação comunicativa, a relação de hierarquia entre os usuários, o perfil (idade, escolaridade) dos interlocutores, o gênero textual. Se não há essa sintonia, o uso torna-se inadequado. Há quem compare tudo isso ao ato de escolher uma roupa para as várias situações do cotidiano: ninguém coloca um terno para ir à praia.
É válido também lembrar que cada comunidade tem sua própria forma de se expressar. No Brasil,  por exemplo,  cada região  tem sua maneira de usar a língua. Um carioca fala diferente do pernambucano, que fala diferente do gaúcho,  e assim por diante. Não há uma variante linguística melhor que a outra, todas são igualmente importantes e representativas da cultura das comunidades que as falam. A norma padrão, chamada erroneamente de norma culta,não pode ser considerada como sinônimo de língua certa. Essa variante é apenas a de maior prestígio social e a que é comumente utilizada nas esferas oficiais. Por isso, quando rimos de um caipira que fala “a gente truxemos uma novidarde procê”, estamos agindo com preconceito linguístico, pois julgamos nossa forma de usar a língua superior a do outro. Cada povo não só pode, como deve, preservar sua forma de se comunicar dentro de sua comunidade, pois essa fala o representa, ela é parte determinante do que se é.


Veja algumas questões da COVEST sobre o tema:

(COVEST – 2010) “De fato, há certa tensão entre as regras das gramáticas prescritivas e os usos que nós, falantes, fazemos da nossa língua; e não é raro que esses usos vão de encontro às regras preestabelecidas. Mas uma coisa é certa: na concorrência entre essas regras e os usos, são estes que acabam por prevalecer”. Isso pode ser visto em relação, por exemplo, à regência do verbo ‘assistir’.
Apresente um outro exemplo que demonstre a tensão a que o texto se refere e, a partir daí, posicione-se – em um comentário de 5 linhas – quanto à validade e à relevância das idéias apresentadas nesse trecho.

(COVEST- 2009) Analise os dois quadrinhos da tira abaixo: 
Clique na imagem para ampliar. 
Explique, em um texto de aproximadamente cinco linhas, por que a mesma pessoa, nas  duas situações de comunicação, usou formas de discurso diferentes.  



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Dicas para a prova de Português 1 (Parte I).

Mal acabou um vestibular já é hora de pensar no próximo. Vida de fera é mesmo difícil. Aposto que muitos irão se identificar com a foto ao lado. 
Hoje vamos ver algumas dicas para a prova de PORTUGUÊS 1. como sei que você está cansado, resolvi dividi-las em partes. Durante a semana trarei outras para assegurar sua vitória no vestibular.

A prova de Português 1 apresenta 2 questões discursivas que devem ser respondidas com bastante atenção pelo candidato. Procure ler o enunciado atenciosamente para poder perceber exatamente o que está sendo exigido. Além disso, seja objetivo em suas respostas, use vocabulário preciso, respeite a norma padrão da língua.

Veja algumas orientações importantes:
1. caso a Covest proponha a análise de uma charge, tenha o cuidado para não descrever em vez de interpretar. A banca deseja avaliar a capacidade interpretativa do fera. Dessa forma, procure verificar se sua resposta corresponde a estas perguntas: qual o tema da charge? Que ponto de vista o autor expressa? Lembre-se de que a charge é um texto através do qual o autor aborda aspectos sociais. É importante considerar os elementos verbais e não-verbais. Nesse gênero textual, o não-verbal completa o verbal;
3. é possível também que uma das discursivas aborde a ambiguidade ou duplo sentido. Nesse caso, analise o que está provocando a duplicidade de sentido: pronome com mais de um referente (O rapaz levou o idoso para seu apartamento.), palavras polissêmicas descontextualizadas (O homem comprou balas no centro da cidade.); expressões deslocadas indevidamente (Condenaram a campanha contra a violência do governo.)
4. analise atentamente as relações de sentido existentes entre orações e períodos, caso o tema da questão seja coesão textual sequencial. Comumente é solicitado que o candidato una períodos ou orações e ainda substitua conectivos por outros equivalentes. Recorde-se de algumas relações de sentido e os conectores que as explicitam:
Relação de sentido
Principais conectores
Circunstância expressa por esse tipo de oração
Exemplo
Causa
Como, uma vez que, porque, já que.
Indica a causa que provoca o fato expresso na oração principal.
Como choveu muito, não fui ao jogo.
condição
Se, a menos que, desde que, contanto que.
Exprime a condição necessária para a ocorrência do fato referido na oração principal.
Se não chover, irei ao jogo.
Conformidade
Como, conforme, de acordo com.
Estabelece o modelo (ou a forma) de acordo com o qual ocorre o fato expresso na oração principal.
Ele agiu como manda o regulamento.
Oposição (adversidade)
mas, contudo, entretanto, porém, no entanto, todavia.
Manifesta-se quando a expectativa  levantada no primeiro enunciado não é mantida.
A educação básica é a grande prioridade nacional, mas o tema que ocupa os jornais é o ensino superior.
Oposição (Concessão)
Embora, mesmo que, ainda que, apesar de, conquanto.
Exprime um fato que poderia impedir o fato da oração principal, mas não o impede.
Ainda que chova, irei ao jogo.
Finalidade
Para que, a fim de que, que.
Exprime o objetivo do fato da oração principal.
Para que você me ouça bem, gritarei.
4. não se esqueça de que o sentido de uma palavra só pode ser percebido no contexto(situação comunicativa) no qual ela está inserida.


Aguarde mais dicas durante a semana!

domingo, 20 de novembro de 2011

Comentário sobre os temas do SSA - UPE 2012

Os temas da UPE para o SSA- 3º ano foram adequados à faixa etária da maioria dos candidatos, diferente do ano passado quando foram propostos temas mais complexos e distanciados do universo do aluno jovem. Nesse sentido, a universidade acertou.

O primeiro tema questionava a possibilidade de reconhecermos o nosso preconceito. Provavelmente esse deve ter sido o  preferido pelos feras devido ao  fato de vários professores terem trabalhado, ao longo da formação do candidato, temas relacionados ao preconceito.
Veja alguns aspectos que poderiam ter sido abordados pelos feras:
1.       A concepção preconceituosa do homem está relacionada à formação familiar e aos valores de seu grupo social.
2.   Identificamos o nosso preconceito quando humanamente não nos reconhecemos no outro, ou seja, quando o subjugamos  por acreditar que somos superior a ele.  
3.       A nossa indiferença em relação ao outro é um dos mais evidentes sinais de nosso preconceito.
4.       Não somos educados para conviver com diferenças, somos apenas doutrinados a reconhecer semelhanças e , assim, nos agregarmos aos iguais. O diferente, por ser desconhecido, nos assusta.Daí o nosso desejo de exclui-lo.

Já o tema 2 abordava a questão do jovem frente à sociedade da informação e sua capacidade de transformar as  informações  em conhecimento.  Esse tema se aproxima do tema do vestibular anterior quando a UPE propôs que os feras discutissem o estresse provocado pelo excesso de informação.
Na prova de hoje, o fera poderia ter optado  em mostrar que o jovem, como a maioria das pessoas, não está preparado ainda  para assumir uma postura efetivamente seletiva na sociedade de informação. O avanço da tecnologia de informação  é muito mais acelerado do que a nossa capacidade de refletir sobre ela a fim de ter clareza sobre sua utilidade. Assim a impressão que se tem é a de que estamos conectados a tudo, mas sem extrair de forma consciente o que é essencial desse oceano de dados. Dessa  maneira, passamos a ter a mesma visão de alguém que olha o mundo pela janela de um carro em movimento: tudo é visto, mas sem contornos definidos.  Sem alcançar a essência das coisas não se pode falar em conhecimento.

Os comentários acima não esgotam as possibilidades de abordagem dos temas. São apenas encaminhamentos temáticos possíveis que não invalidam outros. Ninguém deve se angustiar se não houver coincidência entre eles e os da redação feita.

*Para ler as propostas, clique no centro das imagens.

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sábado, 19 de novembro de 2011

MAIS DISCURSIVAS PARA A UFPE.

CLIQUE NO CENTRO DA IMAGEM PARA AMPLIÁ-LA.

Tipologia Textual - Narração e Descrição.




Os textos, independentemente do gênero a que pertencem, se constituem de sequências com determinadas características linguísticas, como classe gramatical predominante, estrutura sintática, predomínio de determinados tempos e modos verbais, relações lógicas. Assim, dependendo dessas características, temos os diferentes tipos textuais.

Sendo o texto “uma manifestação linguística produzida por alguém, em alguma situação concreta (contexto), com determinada intenção.” (ABAURRE:2000),  os tipos textuais são definidos de acordo com o objetivo sociocomunicativo (narrar, descrever, orientar, persuadir, argumentar, opinar, explicar) do autor, ou seja, o que ele pretendeu comunicar ao seu interlocutor através daquela sequência textual.

Entre os tipos textuais estão o narrativo e o descritivo, os quais vamos abordar. Observe, na tabela abaixo, as características de cada um.

Tipo textual

Identificação
Particularidades
Narrativo
Apresenta uma sucessão causal de eventos, ou seja, há sempre um antes e um depois, uma situação inicial e uma final, entre as quais ocorrem modificações provocadas por fatos.
Apresenta predominância de verbos de ação, expressões adverbiais, causais e locativos.
Descritivo
Caracteriza-se pela apresentação de propriedades, qualidades, elementos componentes de uma entidade, sua situação no espaço, etc. Ao descrever constrói-se, através de palavras, uma imagem do objeto, pessoa, paisagem.
Predominam verbos de estado ou situação, ou aqueles que indicam propriedades, qualidades, atitudes, que aparecem no presente, em se tratando de comentário, e no imperfeito, no interior de um relato.


Exemplos de sequência narrativa:
"Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade, conheceu Maria Elvira na Lapa - prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura...Dava tudo quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.

Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim. 
Toda vez que Maria Elvira arranjava um namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês do Sapucaí,Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul."
(Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira) 



Exemplo de sequência descritiva:
"Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos  achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do  busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.  Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal  da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde  morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia” e “saudade”.
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres.
Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia" (Clarice Lispector - Felicidade Clandestina)

É importante destacar que esses dois tipos textuais aparecem juntos em vários gêneros. Dificilmente encontraremos textos que sejam puramente descritivos ou narrativos. Por isso, nos vestibulares, o termo PREDOMINANTE se faz presentes em enunciados de questões sobre tipologia textual.

Alguns gêneros textuais predominantemente narrativos.
Conto, romance, novela, crônica, fábula, anedota, HQ, parábola, lendas. testemunho, diário íntimo, autobiografia, biografia.
Alguns gêneros textuais predominantemente descritivos.
Classificados de jornal, anúncios imobiliários, retrato falado, exames clínicos (laboratoriais).

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

São Bernardo, de Graciliano Ramos. Comentário do Jornal Gazeta do povo


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Slides sobre São Bernardo, de Graciliano Ramos.

Um clássico da Literatura e do Cinema brasileiro - VIDAS SECAS - Graciliano Ramos.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Bastante /Bastantes


A palavra "bastante" pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Quando adjetivo, admite flexão de número e concorda com o nome a que se refere. Nesse caso, pode ser substituída por muitos(as) ou por suficientes. Quando advérbio, o termo não deve ser flexionado. Como dica prática, nesse caso, ele pode ser substituído por muito (singular).


Elas falam bastante. (falam muito) 

Bastantes pessoas compareceram à reunião. (muitas pessoas) 

Não há provas bastantes para condenar o réu. (provas suficientes) 

Elas são bastante simpáticas. (Elas são muito simpáticas) 

Havia bastantes razões para ele comparecer. (muitas razões)